No período pré-carnavalesco, em uma das cidades mais culturais do país, Recife, no marco zero, o Instituto Sarasá realiza a atualização dos levantamentos de campo da histórica sede da Associação Comercial de Pernambuco (ACP).
No início de 2025, como trabalho inicial e parcial de preservação, são elaboradas ações de zeladoria do patrimônio cultural em alguns bens integrados – a porta principal da edificação e sua escadaria inglesa, em ferro.
Em uma iniciativa que conta com o chamamento “A ACP abre suas portas e a ACP te convida para subir”, apresentamos o contexto histórico do palacete, que testemunha o tempo, o rio, a memória da cidade. Construído entre 1911 e 1915, quando a área central da capital pernambucana passava por uma extensa reforma urbana, destaca-se pela sua beleza e imponência, sendo referência cultural, histórica e turística.
Pelos olhos de Hermes, deus grego do comércio, escultura disposta no mirante da cobertura da ACP, é possível ver Recife e alcançar o horizonte. Voltado para o então Porto do Recife, Hermes representa a vigilância e a prosperidade do comércio marítimo na região.
Entre 2019 e 2020, foram realizadas, pelo Estúdio Sarasá, a conservação e a restauração de vitrais, elementos artísticos que simbolizam os ciclos de produção, a matéria-prima, os meios de transporte, e referenciam a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. O projeto foi uma parceria com a Associação dos Amigos do Museu da Cidade do Recife (Amuc) e com a ACP, e pode ser acompanhado pelo vídeo:
Abre-se um canteiro, suas artes e humanidades.